Lançado em 2015, A Dama Dourada é um belo filme britânico, dirigido por Simon Curtis, que conta a batalha de uma mulher para recuperar um verdadeiro tesouro familiar expropriado pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial.
Baseado em fatos reais o filme mostra a batalha de Maria Altmann (Hellen Mirren), uma idosa austríaca radicada nos Estados Unidos, para reaver a herança deixada por sua família que inclui joias e obras de arte, entre elas, a pintura A Dama Dourada, de Gustav Klimt, cuja modelo havia sido sua tia Adele Bloch-Bauer.
Maria Altmann e A Dama Dourada.
Maria inicia sua jornada acompanhada pelo jovem advogado Randy Schoenberg (Ryan Reynolds), que apesar de sua inexperiência, assume o caso, e por Hubertus Czernin (Daniel Brühl), um jornalista austríaco que, assim como Randy, também acredita que Maria é a verdadeira dona da obra.
Além da luta dos três em busca da devolução da herança, cada um enfrenta uma jornada de autoconhecimento e de reconciliação com o próprio passado.
Maria, que em princípio se recusa a voltar à Áustria, sua terra natal, da qual ela fugiu durante a ocupação nazista, se culpa por não ter permanecido com os pais, que morreram no campo de concentração de Mauthausen. Randy Schoenberg, o advogado, judeu assim como sua cliente, somente se conecta com suas origens ao viajar para a Áustria e ficar extremamente comovido ao visitar um memorial em homenagens a vítimas do holocausto em Viena. Hubertus, o jornalista, revela a Maria que assim que descobriu o passado nazista do pai, envergonhou-se de sua família e de seu país e, desde então, se esforça para tentar ajudar a todos que foram vítimas do nazismo que recorrem a ele.
A Dama Dourada é um excelente filme, que além de uma história de superação, nos mostra que o passado está tão vivo quanto o presente.
Referências:
https://www.weekendnotes.com/woman-in-gold-film-review/
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