Universos Literários: Sobre Livros, Ler e Escrever

Eles são tomados das mesmas alegrias e angústias, não importa onde vivem, sua profissão ou idade, pois são todos amantes de livros, sejam eles best-sellers ou clássicos, romances ou histórias em quadrinhos, livros de bolso ou edições de luxo, comprados em sebos ou lidos no Kindle. E é justamente essa miríade de sentimentos e reflexões que podem ocorrer a um leitor que Paulo Silas aborda em Universos Literários: Sobre Livros, Ler e Escrever, publicado este ano pela Editora Thoth. Algumas vezes são questões sobre as quais nunca pensamos, mas quando lemos sobre elas, nos sentimos imediatamente identificados, seja você o leitor que está de acordo com sublinhar e dobrar páginas de livros, ou ainda aquele que acha tudo isso um sacrilégio! Tema tratado, inclusive, no ensaio “Anotar e sublinhar os livros”.

Tive a honra de ler em primeira mão esses ensaios, pois alguns foram publicados na coluna “Entre Leituras e Escritas”, aqui no Artrianon; outros, inéditos, li ao preparar a apresentação do livro, que tive a honra de escrever e compartilho agora com vocês. São textos curtos, de algumas poucas páginas, que podem ser lidos tanto na fila do banco, quanto no conforto de sua cama, sob as cobertas em uma noite chuvosa. Além disso, são escritos mais ou menos independentes, que podem ser lidos na ordem que se encontram nesse volume ou em outra sequência que o leitor desejar.  

Todos esses ensaios têm em comum, além de sua qualidade técnica e fluidez de leitura, a pertinência de suas reflexões. Algumas das questões discutidas, conhecidas da maioria dos leitores, são abordadas de diferentes ângulos – até do ponto de vista dos próprios livros! -, trazendo, assim, ideias as quais talvez não tenhamos pensado até então. 

Ao ler as palavras desses textos, nos sentimos fazendo parte de uma comunidade – composta, em sua maioria, de outros seres humanos que não conhecemos e provavelmente nunca iremos conhecer -, unida por uma paixão comum, os livros. Muitos leitores já se sentiram sozinhos ao ser o único de seu meio social a ler um determinado livro, como discute Paulo em “O livro que apenas você leu”. Que bibliófilo nunca se sentiu angustiado pela falta de tempo para ler tanto quanto gostaria ou ainda pelo dilema de comprar mais um livro, quando não dá conta nem mesmo das pilhas que já tem? Ou ainda, aquela “ressaca literária”, que só uma excelente – ou perturbadora – história nos proporciona?

Por fim, alguns ensaios também tratam da própria prática da escrita, compartilhada, em menor ou maior grau, por muitos leitores – afinal, um escritor é antes de mais nada um leitor! -, como em “Escrever para que(m)?”, “Escrever para esquecer”, “Escrever é um ato solitário” ou “Vícios na escrita”. Entretanto, aqueles que nunca se sentiram inspirados a colocar no papel suas próprias palavras, não se preocupem, pois se sentirão intrigados pelos dramas – e são tantos! – dos escritores, conseguindo, quem sabe, entender melhor essas figuras curiosas. 

Os bibliófilos vão se identificar com as situações discutidas nesse volume, refletir, devanear, rir e chorar das dores e delícias dessa nossa paixão. 

Compre o livro aqui (comprando qualquer produto através desse link na Amazon, você ajuda a manter o Artrianon e não paga nada a mais por isso).

Deixe um comentário