Na semana passada, foi publicada pela empresa Nielsen uma lista com as vinte séries mais assistidas em 2023 nas plataformas de streaming. Ocupando a sétima posição, com um número de mais de 25 bilhões de minutos assistidos, está uma das minhas séries favoritas, Gilmore Girls (2000-2007), que ficou à frente de grandes sucessos como Supernatural (2005-2020) e Friends (1994-2004).
Apesar de ter tido a sua estreia há mais de duas décadas, para mim não foi nenhuma surpresa o fato de a série ainda ser tão popular entre o público, ganhando, ano após ano, telespectadores de diferentes gerações. Mas qual seria o segredo de tanto sucesso?
Com personagens complexos, longos diálogos e um enredo aparentemente simples, Gilmore Girls conta a história de Lorelai (Lauren Graham) e Rory (Alexis Bledel), mãe e filha que vivem na charmosa cidade fictícia de Stars Hollow. Apesar de viverem sozinhas, as duas estão envoltas numa rede de solidariedade composta por amigos leais e uma vizinhança prestativa típica de uma cidade do interior em qualquer parte do mundo.
É neste lugar que mãe e filha mantêm um relacionamento de muita cumplicidade devido em grande parte à pouca diferença de idade entre as duas. Vivendo de forma simples e descontraída, Lorelai, que foi mãe aos 16 anos, se esforça para não reviver com a filha o relacionamento frio e distante que possui com os pais, Emily (Kelly Bishop) e Richard (Edward Herrmann),o típico casal conservador da alta sociedade estadunidense.

Outro ponto forte da série é a maneira como se desenvolvem os diálogos. Apesar de ter seus momentos de conflito – principalmente relacionados ao choque de gerações entre Lorelai e seus pais – os diálogos são quase sempre repletos de ironia, humor e referências à cultura pop, mantendo o tom de leveza da série.
Por fim, o aspecto mais interessante na história das garotas Gilmore é o poder da cumplicidade entre as duas protagonistas. Devido principalmente à pequena diferença de idade entre Lorelai e Rory, é como se as duas estivessem crescendo e amadurecendo ao mesmo tempo. E sempre unidas, mãe e filha enfrentam os desafios estudantis, profissionais e principalmente afetivos de ser mulher no início dos anos 2000.
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