Você já ouviu falar em Diane de Poitiers?

Diane de Poitiers foi uma nobre, nascida por volta de 1499, na França. Durante o reinado de Francisco I, Diane fazia parte da corte francesa quando Henrique, menino que se tornaria rei da França, nasceu. Diane foi sua dama de companhia quando Henrique, então com sete anos, foi entregue juntamente com seu irmão mais velho Francisco, como parte de uma negociação política entre seu pai e Carlos V, rei da Espanha. O laço de amizade e cumplicidade entre ambos teve início nesta época. O fim do cativeiro dos jovens príncipes aconteceu quando o rei Francisco I, que era viúvo, pagou uma quantia em ouro ao rei espanhol e aceitou se casar com Eleonora, sua irmã.

Em 1931, morre Louis de Brezé, esposo de Diane, e a bela aristocrata, então com trinta e um anos, passou a ser a mulher mais desejada pelos homens bem-nascidos da corte, porém ela estava decidida a manter o luto não se casando novamente. Sua figura encantava a todos, porém, Diane não se envolvia com nenhum de seus pretendentes.

Por razões políticas, Henrique II, casou-se com Catarina de Médicis sobrinha do papa Leão X. Catarina, era muito culta e tinha especial interesse por ciências como astronomia e física, o que fascinava a todos na corte francesa, com exceção de seu marido, que não tinha olhos para outra mulher além de Diane.

Aproximadamente três anos após casar-se com Catarina, Henrique finalmente conseguiu tornar-se amante de Diane, a quem admirava desde a época do cativeiro. O príncipe tinha então dezenove anos e Diane, por volta de trinta e oito.

Alguns anos mais tarde, após a morte do rei Francisco I e de seu irmão mais velho e sucessor do trono, Henrique se tornou o rei da França. Em seu governo, Catarina não tinha uma participação expressiva, ao contrário de Diane, que sempre ao lado do rei, o aconselhava e o acompanhava em todas as decisões. A influência da amante era tão forte que o rei passou a usar roupas em preto e branco, em referência as cores do luto que Diana vestia, e criou um monograma composto pelas letras “H” e “D” entrelaçadas. O monograma foi gravado em diversas partes do castelo, até mesmo na fachada. Outra forma que Henrique encontrou para homenagear a amada foi encomendar várias esculturas da deusa da caça Diana, com seus símbolos como o arco e flecha, que decoravam o castelo. Mas talvez a maior evidência do quanto o casal Henrique e Diane era unido, tivesse sido a maneira com que os dois encontraram para que o rei conseguisse cumprir suas obrigações com sua legítima esposa e garantir um herdeiro ao trono da França: Henrique II iniciava sua noite nos aposentos de Diane e após alguns momentos dirigia-se ao quarto de Catarina para cumprir seus deveres num ato quase político, embora o rei sempre terminasse a noite no quarto de sua estimada amante. Esta medida surtiu o efeito desejado, pois o casal real da França teve dez filhos.


Retrato idealizado presumido de Diane de Poitiers, cópia de um original perdido.


Catarina de Médicis e Diane de Poitiers

Além de sua personalidade forte e enigmática, que a tornava uma espécie de femme fatale da época, Diane era conhecida e admirada por seus cuidados com a beleza. A amada do rei jamais descuidava da dieta, dos exercícios físicos e criava fórmulas de cremes para hidratar e manter a pele sempre jovem. Uma de suas receitas mais conhecidas era uma curiosa mistura composta por carne moída, suco de pepino, manteiga, açúcar, flor-de-lis e vinho branco. Outro recurso adotado por Diana para manter-se jovem era uma bebida feita de água e ouro em pó, a qual ela chamava “Elixir da Beleza Eterna”.

Em 1559, durante um torneio realizado em comemoração ao casamento de sua filha mais velha, Henrique II foi atingido por uma lança que atravessou a viseira do elmo que estava usando, perfurou seu olho e atingiu seu cérebro.

Após dez dias agonizando, Henrique II morre. Não foi permitido ao rei que se encontrasse com Diane pela última vez, embora tivesse chamado pela amante por diversas vezes. A morte do rei deu início à vingança de Catarina que ordenou a apreensão de todos os presentes que o marido havia dado à sua rival, incluindo o belo Castelo de Chenonceau, situado no Vale do Loire.

Diane refugiou-se no Castelo D´Anet, propriedade que havia pertencido ao seu marido e permaneceu no local até a sua morte, em 25 de abril de 1566. A causa da morte de Diane foi a intoxicação provocada pelo ouro, devido ao consumo de seu famoso “Elixir da juventude”. Aos sessenta e seis anos, idade em que faleceu, Diane ainda era uma mulher jovem e bela e despertava a ira da rainha Catarina, que sofreu o desprezo do marido por mais de vinte e três anos. Mesmo séculos após a a morte do rei Henrique II e de Diane, o Castelo de Chenonceau, cenário desta curiosa história, atrai milhares de turistas da França e de outras partes do mundo.

Referências:

http://www.conexaoparis.com.br/2012/10/12/diane-de-poitiers-paixao-castelos-e-segredos-de-beleza/

http://historiageneral.com/2008/12/10/diana-de-poitiers-y-enrique-ii-de-francia/

http://www.chenonceau.com/

 

Referências de imagem:

https://rainhastragicas.com/2015/12/16/catarina-de-medicis-e-diana-de-poitiers/

https://www.liveinternet.ru/users/5282453/post410136406/

Por Taxiarchos228 em Wikipédia alemã, CC BY-SA 3.0, commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=1523585

www.musees-senlis.fr/images/stories/venerie/zoom/Diane-au-repos.jpg

 

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3 comentários sobre “Você já ouviu falar em Diane de Poitiers?

  1. Olá, ótima história! Gostamos dos seus posts!
    Identificados, no segundo parágrafo, que o ano está errado, deve ser 1531 e não 1931, e, no último parágrafo tem a letra A duplicada.
    Já estivemos em Chennanceau e adoramos!
    Abraço,

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