O artista americano Jeremy Mann de 36 anos vem chamando a atenção do público de vários lugares do mundo.  Formou-se em Pintura na Universidade de Ohio e obteve o grau de mestre com honras Valedictorian na Academy of Art University, em São Franscisco. Desde então tem recebido grande atenção do mercado de arte, recebendo ótimos elogios, tanto de críticos quanto de colecionadores, sendo capa na famosa revista americana de arte, American Art Collector recentemente.

Trabalhando em suportes e materiais tradicionais, como painéis de madeira e tinta a óleo, o grande diferencial desse artista está em seus temas e no estilo único e inconfundível. Os temas presentes em sua obra estão intimamente ligados à cidade em que vive ou memórias de sua cidade natal, nos mostrando que a arte não necessariamente deve estar sempre permeada de assuntos complexos e subjetivos em si, mas através do simples é possível inserir expressão e significados através da forma como são realizadas as pinturas.

Paisagens urbanas e pastorais, cenas internas de solidão, pinturas do cotidiano e mulheres jovens passeiam por seus painéis. O trabalho de Jeremy Mann reaquece novamente a discussão a respeito da morte da pintura. O artista nos mostra que as possibilidades ainda são infinitas e que o que se torna arcaico não é a técnica, mas sim os temas. Através de composições complexas, Mann nos oferece sua própria visão do mundo. A beleza possível em cidades movimentadas e iluminadas por faróis de carros, lâmpadas fluorescentes. Os espelhos d’agua produzidos pela chuva que cai no asfalto, as novas musas que atravessam nossos caminhos todos os dias pelas ruas, personagens tão intrigantes quanto os retratados pelos antigos mestres.

Jeremy Mann enfim não intenta trazer a nostalgia do passado ou paisagens bucólicas de um mundo perfeito. Ele nos oferece mais. A possibilidade de enxergar o belo hoje nas cidades onde vivemos e com as pessoas desconhecidas que convivemos na crueza das interações sociais, na efemeridade urbana e em sua estética caótica.