Desde a última terça-feira (7), o Museo di Capodimonte, em Nápoles, mostra duas pinturas recentemente recuperadas – em setembro de 2016 – do mestre holandês Vincent Van Gogh. As obras, A igreja de Nuenen – já citada aqui no Artrianon – e A praia de Scheveningen, pertencem ao museu dedicado ao pintor em Amsterdã, mas foram roubadas em uma manhã de dezembro de 2002, antes da abertura do local. Os ladrões foram presos, mas negaram sua culpa e não indicaram o paradeiro das pinturas.
A igreja de Nuenen ou Saída da igreja de Nuenen, 1884-1885.
A praia de Scheveningen, 1882.
Desaparecidas há 14 anos, os responsáveis do Van Gogh Museum não acreditavam que as peças, do período anterior às obras mais coloridas do artista, ainda seriam reavidas. Elas foram encontradas por um acaso, quando a polícia italiana investigava Amato Pagano, pertencente à máfia Camorra. Membros do grupo mafioso revelaram que as duas pinturas estariam localizadas em uma casa em Castellammare di Stabia, próximo à Nápoles, onde ambas realmente estavam, enroladas em pedaços de pano em um corredor perto da cozinha da casa. Entretanto, não se sabe ainda como as pinturas foram parar nas mãos dos mafiosos, nem quando elas foram levadas à Itália.
A igreja de Nuenen e A praia de Scheveningen – em relativo bom estado de conservação, depois de tanto tempo longe do meticuloso cuidado dispensado às obras nos museus – ficarão expostas em Nápoles durante três semanas e, em seguida, voltarão ao seu lar na Holanda, onde serão devidamente restauradas.
Fontes:
https://news.artnet.com/exhibitions/van-gogh-paintings-italy-842474
http://www.museocapodimonte.beniculturali.it/van-gogh-i-capolavori-ritrovati/
https://www.vangoghmuseum.nl/nl/zien-en-doen/tentoonstellingen/van-gogh-keert-terug
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