O feminismo, apesar de ser tratado de uma forma homogênea, a verdade é que deve ser expressado no plural, afinal são vários os movimentos que têm por base diferentes realidades, mas que no fundo convergem num objetivo único: a igualdade de gênero.
Os primeiros ideias feminista chegam no Brasil nos anos 60 – fazendo assim parte da segunda onda feminista -, através de mulheres brancas da alta sociedade que tiveram contato com o movimento fora do país. No entanto, no decorrer dos anos, essas ideias vão se expandindo e começam a alcançar diferentes classes e realidades femininas.
Se existem realidades e necessidades diversas como poderiam haver apenas um movimento homogêneo que atendesse a todas? E por isso falamos em feminismos ou movimentos feministas. No Brasil, atualmente podemos identificar quatro correntes mais presentes e fortes.
Primeiramente, é de referir o feminismo negro, sendo este o que veio se sentir mais distanciado das origens feministas, justamente por declarar que as mulheres negras além de sofrerem uma opressão por conta do gênero, também a sofrem pela sua cor. Assim sendo esta corrente vem agregar um grande leque de lutas aos objetivos feministas, trazendo para o seu seio também questões da raça negra.
Justamente contra essa ideia de que há uma necessidade se criar vários submovimentos dentro do feminismo, encontramos o feminismo interseccional, que vem lutar por diferentes minorias dentro do mesmo movimento. Assim agrega mulheres de diferentes orientações sexuais, raças, classes…
Numa outra visão encontramos o feminismo radical, que vem dizer que a raiz da opressão feminina são os papéis sociais inerentes ao gênero. E assim vêm definir o que é mulher recorrendo a um método biológico, assim excluído transexuais argumentando que nasceram homens e por isso não se enquadram no movimento.
Ao contrário disto vem a filosofia do feminismo liberal que busca a igualdade entre homens e mulheres acreditando que esta será alcançada através de reformas políticas e sociais, buscando vencer as desigualdades das leis e recorrendo a meios de comunicação para espalhar seus ideais.
Apesar das diferentes correntes e ideologias, uma coisa é certa: ainda há muito que se fazer para que a igualdade seja alcançada e para que prevaleça a liberdade. O importante é compreender a realidade das outras e lutar para o bem de todas.
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https://www.freetheessence.com.br/unplug/inspire-se/feminismo-2017/