O livro que te despertou para a leitura

Há uma imagem circulando nas redes sociais – um post que pergunta ao leitor: “qual livro despertou seu amor pela leitura?”. Aproveito para fazer a mesma indagação aos leitores – qual foi o seu livro? Consegue apontar para uma obra em específica e explicar o motivo pelo qual essa ou aquela história te marcou tanto?

Pensando no que poderia trazer aqui para a coluna, lancei essa pergunta de maneira geral para os amigos das redes sociais, ansiando que recebesse respostas suficientes para preencher esse espaço. O resultado foi satisfatório, principalmente por se levar em conta que a pergunta extra, pedindo que fosse mencionada a razão pela escolha daquele livro em específico, também foi respondida. À algumas das respostas, portanto.

Harry Potter”, de J. K. Rowling, dizendo-se aqui da saga completa, apareceu de pronto como resposta. A leitora mencionou que uma amiga sua lhe contou algo sobre a história da escritora e sobre os três bruxos principais da série. Despertado o interesse, o empréstimo dos setes livros foi uma consequência advinda da amizade, resultando num ‘apaixonar-se’ pela obra. A leitora conta que inclusive chegou a mentir para a mãe que os livros que estavam sendo lidos se tratavam de objeto de estudo escolar, a partir dos quais deveria se fazer um resumo para entregar como trabalho, conseguindo assim preencher todo o espaço de tempo possível com a leitura de “Harry Potter” sem importunações. Foi devido à essa amiga, portanto, que a paixão pela leitura foi descoberta.

As Mil e Uma Noites” apareceu como resposta com a justificativa de que este foi um primeiros livros, com exceção dos infantis, que foi lido por completo e de verdade.

Ratos e Homens”, de John Steinbeck, surgiu na lembrança de um leitor como sendo um livro que foi adquirido no sebo. Não recorda de um motivo em específico para ter mencionado o notório livro de Steinbeck, mas lembra que foi depois desse episódio que os livros se tornaram seus companheiros – desde a adolescência.

Os Doze Trabalhos de Hércules”, de Monteiro Lobato, foi mencionado por ter sido a partir dessa obra que o leitor aprendeu algo sobre mitologia – sem saber que estava aprendendo.

Dentre outras mencionadas, há aquelas que foram ditas sem que uma explicação para a menção fosse dada. Para muitos leitores, um livro aparece facilmente na mente quando questionados a respeito de uma literatura que os tenha marcado, mas essa mesma facilidade resta ausente quando a questão é explicar a razão disso. É algo que marcou, de todo modo. “Percy Jackson” (a série), de Rick Riordan, e “Crime e Castigo”, de Fiódor Dostoiévski, por exemplo, foram títulos que surgiram nesse viés de lembranças. Os motivos podem ser diversos, por mais que não consiga sempre se explicar. Talvez “Percy Jackson” por se tratar, dada a sua notoriedade, de uma “porta de entrada” possível para a leitura? “Crime e Castigo” talvez por também se tratar de um grande manual de psicologia criminal que encanta os espíritos mais reflexivos e questionadores, ou até mesmo por se tratar de um grande clássico da literatura? As razões, como dito, podem ser diversas, sendo suficiente o registro da lembrança de um livro em específico (ou uma série deles) para que a ternura presente no sentimento que surge com a memória venha à tona.

Já mencionei aqui como provavelmente tenha se dado o meu processo de despertar para a leitura. Cada um teve o seu, cujo episódio (ou uma série de eventos) reside nas lembranças de cada leitor. Para alguns, a memória é mais fresca, conseguindo não apenas apontar para algum livro determinado, mas também explanar pormenorizadamente as razões pelas quais acredita ter sido aquela obra que fez com o despertar para a leitura acontecesse. Para outros, a dificuldade reside mais no porquê de um livro surgir na mente quando se pensa a questão.

Seja como for, com ou sem explicação, o curioso disso tudo é que sempre há pelo menos um livro que é mencionado com satisfação por nós, leitores. Há algo que marca, que passa a figurar como um limiar do início da efetiva leitura. Na infância, na adolescência ou até mesmo na fase adulta, qualquer seja a fase da vida em que nos tornamos leitores, o momento de virada constitui um marco que preenche o nosso íntimo de forma única, cujo sentimento agradável sempre vem em companhia da lembrança daquele livro em questão.

E para você, qual foi o livro que te despertou para a leitura?


Fonte da imagem:

https://hilnethcorreia.com.br/wp-content/uploads/2018/04/livros-1.jpg

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Um comentário sobre “O livro que te despertou para a leitura

  1. O meu foi “Hoje tem espetáculo: No país dos prequetés”. Me identifiquei com a personagem principal, me apaixonei pelo livro e nunca mais parei de ler.

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