“Desespero” é um romance no clássico estilo de Stephen King: narrativa envolvente, personagens muito bem construídas – com sólidas e profundas histórias, idas e vindas em vários flashbacks, a luta do bem contra o mal e questões trabalhadas na histórias que vão muito além do terror que dá o nome ao principal gênero da sua escrita. É um livro volumoso, seguindo também o estilo de King em escrever longas histórias, no qual se constrói todo um pano de fundo significativo para que o enredo se desenvolva de maneira própria, ou seja, há muito do universo do autor nesse livro, tendo-se aqui uma entidade tão importante e complexa quanto aquela que se tem em “It”. Uma história de peso, portanto.
O título do livro é o nome da cidade em que se passa a história. Collie Entragian, um policial gigante, captura alguns viajantes que passam pela estrada e os prende nas celas da delegacia da cidade que está deserta. Todos estão mortos – exceto pelo policial e pelo pequeno grupo que luta para sobreviver. Todos estão desorientados e sem saber o que aconteceu e o que se passa na cidade. O único que parece ter algum tipo de orientação é o menino que ora a Deus com frequência, obtendo alguma espécie claridade que permite auxiliar o grupo em seus próximos passos. Mesmo após ter visto sua irmã ser morta pelo policial – que a jogou da escada – e sua mãe ter sido levada para algum lugar desconhecido, o garoto segue resoluto em ouvir a voz de Deus em suas preces e seguir conforme o apontamento que lhe é dado.
Alguma coisa aconteceu na cidade de Desespero – essa coisa ainda permanece ali. Algo a ver com uma antiga mina na qual morreram vários chineses soterrados há alguns anos. Tak parece ser um algo além de uma palavra que era dita pelo policial, pois está presente nos animais caninos, nos urubus, nos escorpiões, nas cobras, nas aranhas e nos outros bichos que estão presentes aos momento no local e parecem obedecer a algum tipo de ordem superior. É sobre Tak e como resolver o problema da cidade que o grupo voltará a sua atenção enquanto luta pela própria sobrevivência.
Stephen King oferece algo além do enredo central em “Desespero”. As várias páginas do livro não foram escritas a toa. Há algo que funda e ao mesmo tempo permeia a história. É a luta do bem contra o mal – que além de se tratar do cenário do enredo, erige o universo no qual o livro se situa de forma muito rica. Deus, como o bem, e Tak – uma espécie de entidade -, como o mal, travam uma peculiar batalha que dependerá das escolhas e ações daquele pequeno grupo. Pessoas reunidas com personalidades diferentes tem de se entender verdadeiramente para que o verdadeiro problema de Desespero possa ser compreendido e o mal efetivamente enfrentado. Assim, o livro é um prato cheio para todo e qualquer fã do autor, podendo ser inclusive um bom livro para servir como porta de entrada para quem ainda não teve contato com as histórias de Stephen King. “Desespero” é um livro excelente que pode ser considerado como um dos melhores do autor.
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