Aldous Huxley: textos diversos I

Todos conhecem o britânico Aldous Huxley por sua Magnum Opus Admirável Mundo Novo. Sem dúvida o romance de 1932 é fruto de diversas discussões e debates devido à sua conexão com as opressões da atualidade que atuam de maneira muito mais sutil do que na modernidade.

Entretanto, Huxley não ficou apenas na sua conhecida produção. Destacam-se várias outras obras como os seus ensaios descritivos sobre sua experiência com LSD, As portas da percepção e Entre o céu e o inferno. Podemos citar também outros romances como Também o cisne morre, Contraponto e A ilha.

A produção é vasta e conta ainda com trabalhos para o teatro (O macaco e a essência) e diversas produções para o cinema, contos, poesia, música. Enfim, ele leu e escreveu um pouco sobre tudo e com muito talento e tato.

A ideia é que possamos trazer, a partir deste espaço, os mais diversos textos que o autor britânico trabalhou e que por vezes ficaram esquecidos ou apagados, sendo lembrado somente por sua intensa obra prima que todos conhecem pelo menos de ouvir falar.

O primeiro texto que vamos abordar é o curioso As portas da percepção. Talvez ele seja um dos ensaios mais importantes do autor. Mas por quê? Aldous Huxley passou a se interessar pelo Anhalonium Lewinii. O nome pode parecer estranho, mas se refere à raiz de uma planta que os índios mexicanos comiam desde a visita dos espanhóis no Novo Mundo. Também chamado de peiote, muitos cientistas começaram a estudar a mescalina, seu princípio ativo.

Como se sabe, a mescalina é um alucinógeno e Huxley se propõe a experimentá-la e registrar os seus efeitos. O que vemos em As portas da percepção é um relato de todas as reações que o autor teve sob o efeito da droga. Mas, afinal, por que Huxey havia iniciado tal processo? Segundo o autor, a droga proporcionaria ver as coisas “tal como elas são” e associa-se a uma leva do pensamento que acreditava que a humanidade tinha um enorme potencial de onisciência, mas que era reprimido pela necessidade de sobrevivência.

Em outros termos, a mescalina era capaz de fazer com que a mente chegasse a um novo patamar. A capacidade de onisciência seria retomada, já que por puro instinto, nosso cérebro acaba ignorando certas coisas que ele julga ineficaz para que se sobreviva.

Esse é apenas um dos aspectos que Huxley aborda em seu artigo. Em nosso próximo texto, falaremos sobre as reações que a mescalina causa em Huxley e como ela pode ajudar na produção artística e até mesmo no tratamento de doenças. Até breve…

 

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