Que não faltem livros. Nunca. Que as estantes sejam repletas deles. Que estejam espalhados por toda a casa. Que sempre tenha pelo menos um na cabeceira da cama. Que se tropece neles ao andar pela casa. Que não se tenha mais espaço para onde guardá-los, mas que que continuem chegando. Devem estar em todo canto. Em todo lugar. Até no banheiro vale. Que sobrem. Que pululem. Que se aglomerem. Que se multipliquem. Que estejam sempre presentes. Que não faltem!
Os livros geram todo um fascínio próprio. Há um encanto característico em se tê-los, em se comprá-los, em se guardá-los, em se cheirá-los, em se folheá-los, em se lê-los. Assim, que sejam presentes na vida de todos, principalmente nos que apreciam uma boa leitura e que não conseguem viver sem estar rodeado de livros.
Espaço é o de menos. É apenas um mero detalhe. Sim, muitas vezes falta espaço. Não há mais qualquer cantinho na prateleira disponível, mas isso não impede que os livros continuem chegando. É sempre possível dar um jeito. Novos cantos, por toda a casa, passam a ser ocupados pelos livros. As disposições das obras nas prateleiras são inúmeras. A organização do mais zeloso cuidador de livros as vezes acaba tendo de ceder para um pequeno ou grande desajuste. A adaptação acaba sendo necessária para que caibam mais exemplares. As obras até então organizadas horizontalmente passam a formas pilhas verticais. Vale lembrar que a ordem, a disposição, a organização, enfim, a forma com a qual os livros estão ajustados, devem se limitar a fazer sentido apenas para quem os possui. É que muitas vezes os livros espalhados numa mesa podem passar uma impressão de desordem para um visitante, mas, na cabeça daquele que é responsável por eles, a organização faz todo um sentido próprio. De qualquer forma, uma nova estante também é sempre uma opção válida.
Os livros também exercem um viés estético. É muito bonita a visão de uma estante repleta de obras prontas para serem lidas. Há quem os tenha apenas para causar uma boa impressão com esse aspecto visual – o que considero um pecado tremendo contra os livros, mas isso corrobora com o argumento de que um olhar para os livros gera um encantamento característico. Quem é que não fica fascinado ao se deparar com várias obras reunidas num só lugar?
O aperto financeiro também não é uma desculpa válida para deixar de possuir novos exemplares – pelo menos para os amantes dos livros. Até mesmo o mais sovina dos humanos não hesita em gastar um dinheiro a mais na compra de novas obras. Há os que economizam com tudo, roupas, sapatos, viagens, festas, mas isso não se aplica aos livros, afinal, os gastos com literatura dificilmente são vistos com essa conotação de despesa, de deixar de ter dinheiro em troca de algo. Antes, isso acaba sendo é visto como algo além da própria ideia de investimento. É um ato único, próprio, peculiar. Somente quem compra livros conhece essa sensação e sabe do que aqui se está falando. É por isso que o leitor, mesmo quando numa situação de dificuldade financeira, sempre dá um jeito de comprar novos livros.
Muitas vezes o leitor procura evitar a compra de novos livros. Sua estante já está cheia. Ainda está pagando as últimas parcelas da sua compra mais recente e expressiva. Sequer possui anos de vida suficientes pela frente para dar conta da sua interminável lista de leituras. Mas aí o leitor se depara com o canto das sereias, e quando menos percebe, já está seduzido por aquela atrativa promoção que cruzou o seu caminho. Um balcão de livros pela metade do preço. Uma propaganda na internet que apresenta livros com altos percentuais de desconto. Uma feira de livros que surge e se instala em sua cidade – muitas vezes próxima de sua casa, de onde trabalha ou de onde estuda. Nesses casos, não há o que fazer se não sucumbir à tentação e voltar para casa com livros novos.
Com livros, não se peca por excesso. É sempre bom tê-los. E cada vez mais. Empecilhos como falta de espaço ou de dinheiro, como se viu, são apenas aparentes. Pequenos detalhes contornáveis. Há sempre formas possíveis se de tê-los – mais e mais. E que assim seja. Livros e mais livros. Que nunca faltem para nós!
Fonte da imagem:
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MARAVILHOSO ARTIGO, ESCREVEU UM TEXTO BEM AO GOSTO DE MONTEIRO LOBATO, TODAS AS REINAÇÕES POSSÍVEIS DE SE TER LIVROS, E DE MINHA MÃE, QUE GOSTAVA DE CRIATIVIDADE, ESTÍMULOS, MOTIVAÇÃO. SIM, ADENTREI A ALMA DO ESPÍRITO DAS COISAS QUE ABREM OS HORIZONTES DAS MENTES.
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